Operação Faroeste: Polícia Civil do DF é autorizada a fazer perícia dos dados bancários de investigados
A Operação investiga esquema de venda de sentenças no oeste do estado, envolvendo desembargadores e juízes do TJ-BA, advogados e empresários
Foto: Reprodução/STJ
O ministro Og Fernandes autorizou à Polícia Civil do Distrito Federal (DF) a fazer perícia dos dados de quebra de sigilo bancário de todas as pessoas físicas e jurídicas citadas no Relatório de Análise Preliminar de Movimentação Bancária da Polícia Federal (PF), atendendo a pedido das partes envolvidas na ação penal que trata da Operação Faroeste no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A análise deverá responder, além das perguntas levantadas pelo Ministério Público Federal (MPF), também questionamentos apresentados pelas defesas dos desembargadores do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Gesivaldo Nascimento Britto, José Olegário Monção Caldas, Maria do Socorro Barreto Santiago e Maria da Graça Osório Pimentel Leal, e por Karla Janayna Leal (sobrinha de Maria da Graça). O período a ser periciado é o mesmo já apurado pela PF, de 1º de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2019.
Og Fernandes diz que a determinação de realização de perícia pela PCDF não contempla o descarte do relatório produzido pela Polícia Federal. "A perícia ora solicitada visa responder especificamente os questionamentos apresentados pelas partes, complementando o acervo probatório já existente nos autos”, frisou Og Fernandes no despacho publicado nesta quinta-feira (22)", frisou ele no despacho publicado nesta quinta-feira (22).
O ministro do STJ determinou que a Polícia Federal informe, sendo assim, “com urgência”, à Polícia Civil do Distrito Federal os nomes completos e respectivos números de CPF/CNPJ de todos os investigados da Operação Faroeste que constam no relatório produzido pela entidade.
Saiba os réus da ação penal:
- O casal Adailton e Geciane Maturino;
- Antônio Roque do Nascimento Neves (ex-secretário Judiciário do TJ-BA);
- José Valter Dias (o “borracheiro”);
- Joilson Gonçalves Dias (filho do “borracheiro);
- Júlio César Cavalcanti Ferreira (advogado);
- Márcio Duarte Miranda (advogado e genro da desembargadora Maria do Socorro Barreto Santiago);
- Márcio Reinaldo Miranda Braga (juiz);
- Marivalda Almeida Moutinho (juíza);
- Sérgio Humberto de Quadros Sampaio (juiz);
- Sandra Inês Moraes Rusciolelli Azevedo e seu filho, Vasco Rusciolelli Azevedo (ambos delatores da operação).
A Operação Faroeste investiga esquema de venda de sentenças no oeste do estado, envolvendo desembargadores e juízes do TJ-BA, advogados e empresários.