Operação Overclean: suspeito solicita R$ 200 mil para ‘monetizar em Brasília’
Informação consta em áudio divulgado com exclusividade pelo portal Metrópoles
Foto: Divulgação/ Receita Federal
Áudios obtidos com exclusividade pelo portal Metrópoles e divulgados nesta sexta-feira (3) revelam novos detalhes da Operação Overclean, na qual a Polícia Federal (PF) investiga um esquema criminoso de fraude licitatória.
Em uma conversa de WhatsApp, o líder do esquema, o empresário Alex Rezende Parente, encaminha um áudio para Lucas Maciel Lobão Vieira, conhecido como Lobão. Na mensagem de voz, uma terceira pessoa menciona a necessidade de uma "contribuição" de R$ 200 mil para “monetizar em Brasília”.
Lobão, por sua vez, responde sinalizando que entraria em contato com os responsáveis pelo pedido. Já em outra conversa interceptada, Alex Parente menciona dificuldades em “faturar” e reclama de atrasos em pagamentos de junho e julho.
De acordo com a PF, além do núcleo central da organização criminosa, formado por Alex Parente, Fábio Parente e outros líderes, a investigação aponta para a cooptação de servidores públicos e advogados.
Os servidores facilitaram fraudes licitatórias e a aprovação de contratos superfaturados, enquanto os advogados utilizaram as prerrogativas para dificultar o rastreamento das atividades ilícitas.
O grupo teria movimentado cerca de R$ 825 milhões em contratos públicos apenas em 2024, por meio de empresas como Allpha Pavimentações e Larclean Ambiental.