Operação Rainha do Sul cumpre 15 mandados de prisões e apreende bens milionários ao desarticular núcleo do narcotráfico

A Polícia Civil da Bahia deflagrou, nesta quinta-feira (27), a Operação Rainha do Sul para desmantelar um núcleo estratégico do narcotráfico envolvido em tráfico de drogas, extorsão e lavagem de dinheiro. A ofensiva, conduzida pelo Departamento Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), resultou na prisão de 15 suspeitos e no cumprimento de 25 mandados de busca e apreensão em cinco estados.

Durante a ação, foram apreendidas joias de ouro avaliadas em cerca de R$ 1 milhão, além de drogas, dinheiro em espécie, celulares, documentos e equipamentos eletrônicos que serão periciados. Os policiais encontraram ainda um revólver calibre .357, 520 porções de maconha, porções de cocaína, uma balança de precisão, cartões de crédito e uma placa veicular. A operação também determinou o bloqueio de veículos, imóveis, contas bancárias e investimentos ligados aos investigados, com valores que podem ultrapassar R$ 100 milhões.

No total, sete veículos, um jetski, um haras com cavalos de raça avaliado em aproximadamente R$ 3 milhões e uma usina de energia solar estimada em R$ 1 milhão foram alvo das medidas de restrição. As prisões ocorreram na Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo, com 11 capturas registradas no estado baiano. Entre os detidos há operadores financeiros, responsáveis pela contabilidade do tráfico, gerentes territoriais e integrantes encarregados do transporte, armazenamento e distribuição de drogas e armas.

A operação mobilizou 220 policiais civis de unidades especializadas, setores de inteligência e equipes territoriais. O trabalho conjunto envolveu, além do Denarc, equipes do Draco, DHPP, DIP, DEIC, Depom, DPMCV, Polinter, Core, COPJ, do Departamento de Polícia Técnica (DPT), da Seap, do Serviço de Investigação da SSP e das Polícias Civis de Pernambuco, Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo.

A ação também levou à prisão da advogada Poliane França Gomes, encontrada com R$ 190 mil em espécie, que integra o mesmo conjunto de investigações. Apontada como articuladora externa do líder da facção preso em Serrinha, ela teria atuado na transmissão de ordens, reorganização de territórios e movimentação financeira da organização criminosa.