Operação Venire: Ministério da Saúde diz que sistema de vacinação não foi invadido
Alvo da ação, Bolsonaro é acusado de falsificar a carteira de vacina
Foto: Agência Brasil
O Ministério da Saúde afirmou nesta quarta-feira (3), em nota, que o sistema que emite comprovantes de vacinação contra a Covid-19 não foi invadido. Além disso, a pasta disse que colabora com o inquérito da Polícia Federal (PF) que apura falsificação de dados de vacinação e mira o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com o ministério, a plataforma passa por inspeções de rotina para manter a segurança e auditorias são realizadas com frequência. “Todas as informações inseridas no sistema de registro de imunizações do SUS [Sistema Único de Saúde] são rastreáveis e feitas mediante cadastro. Não há relato de invasão externa [sem cadastro] ao sistema do Ministério da Saúde”, diz a nota.
Mais cedo, a PF deflagrou a Operação Venire. Segundo a corporação, falsificaram dados de vacina da Covid-19 o ex-presidente Jair Bolsonaro; sua filha mais nova, Laura Bolsonaro; Mauro Cid, um dos auxiliares de Bolsonaro presos; uma esposa de Cid; e a filha de Cid. As investigações da corporação apontam que a mudança no documento teria sido feita para permitir que o ex-presidente entrasse nos Estados Unidos.
A operação da PF já prendeu o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Entre os detidos também estão o PM Max Guilherme Machado de Moura, Sérgio Rocha Cordeiro e o secretário municipal de Saúde de Duque de Caxias, João Carlos de Sousa Brecha.