Os dados não são apenas uma ferramenta de otimização, mas uma lente através do qual sua marca visualiza o mundo
Confira a coluna de Adriano Sampaio
Foto: Freepik
A adaptabilidade é certamente o ponto crucial no desafio para as marcas em 2024.
A marca ter uma identidade bem elaborada nunca foi tão difícil. Nesse turbilhão de cores, conceitos e motes de campanhas vomitado pela mídia mundial, fica cada dia mais difícil se posicionar com uma identidade própria mesmo dentro de um determinado nicho.
A única estratégia é ser de fato real, mostrando sua personalidade sem medo, mas com um total controle e equilíbrio em todas suas ações não deixando de "ser você". É ter um conjunto de valores e princípios que não apenas orientem o comportamento dos indivíduos, mas que possa também informar nas decisões da empresa.
Uma identidade forte da marca será assumir riscos calculados e se adaptar efetivamente para mudar. O jargão "Não mexer no time que está ganhando" está morto.
A marca é uma galáxia, tudo gira em torno de tudo e está sempre em expansão. E nesse contexto, os dados são a pedra angular para estratégias de adaptabilidade. A convergência de análises e publicidade, diversidade de métricas cross-media junto a enxurrada de multiplataformas não é novidade. Mas o que vai evoluir é o aumento da consciência sobre a ética nas implicações do uso dos dados. Cada vez mais o caráter das marcas será avaliado.
As empresas deverão ir além do cumprimento da LGPD. O enfoque deve ser sobre a ética dos dados, assim como, o que você coleta, como coleta, como usa, qual seu propósito com esses dados e se está alinhada com a identidade de sua marca. Os dados não são apenas uma ferramenta de otimização, mas uma lente através do qual sua marca visualiza o mundo. Use-o indevidamente e correrá o risco de trair a confiança do cliente, use-o com sabedoria e amplie várias maneiras de entregar valor. Até terça que vem, axé!