"Ou a gente privatiza a Petrobras ou toma medidas mais rígidas", diz Arthur Lira
O presidente da Câmara disse que a estatal “é um ser vivo independente, que não tem função social”
Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta sexta-feira (27) que, caso a Petrobras não seja privatizada, haverá a necessidade de “medidas mais duras”. Na ocasião, o presidente da Câmara dos Deputados realizava uma entrevista para a Rádio Bandeirantes.
"A Petrobras no Brasil é um ser vivo independente, que não tem função social, que não tem função estruturante. Nessa esteira, ou a gente privatiza essa empresa, ou toma medidas mais duras. Ela não está cuidando do nome da empresa, porque todo desgaste da Petrobras não vai para a Petrobras, todo o desgaste vai para o Governo Federal", disse o deputado.
Lira já defendeu a privatização da empresa em outras ocasiões, principalmente durante a crise que levou à demissão do general Silva e Luna do cargo de presidente da Petrobras, em março, em meio aos frequentes reajustes nos preços dos combustíveis.
Além disso, o presidente da Câmara ressaltou que, "todas as petrolíferas mundiais, privadas ou públicas, têm tido a sensibilidade de abrir mão de parte dos seus lucros abusivos para ou bancar subsídios diretos, ou congelar seus preços, ou fazer algum ato direto para a população".
A privatização, no entanto, ainda que defendida por políticos, só pode ser feita se houver aval do Congresso Nacional, conforme decidiu o Supremo Tribunal Federal (STF) em 2019.