Pacheco diz que declarações contra a democracia são 'anomalias graves' que devem ser contidas
A declaração ocorreu após reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), presidente do Senado, afirmou nesta terça-feira (3) que pretende se reunir com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, e comandantes das Forças Armadas, em meio ao acirramento da crise institucional entre Poderes da República, a ameaças a instituições e a tensões em torno das eleições gerais de outubro.
A declaração ocorreu após reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, onde o gestor afirmou que "anomalias graves", como declarações sobre intervenção militar, fechamento do Supremo ou frustração de eleições, precisam ser combatidas e contestadas "a cada instante".
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), defendeu na semana passada, uma apuração paralela à do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nas eleições que ocorrem em outubro deste ano. Segundo ele, essa sugestão foi apresentada ao TSE pelas Forças Armadas, que fariam essa apuração.
"O que nós não podemos é permitir que o acirramento eleitoral — que é natural do processo eleitoral e das eleições — possa descambar para aquilo que eu reputei como anomalias graves e se permitir falar sobre intervenção militar, sobre atos institucionais, sobre frustração de eleições, sobre fechamento do Supremo Tribunal Federal, essas são anomalias graves que precisam ser contidas, rebatidas com a mesma proporção a cada instante porque todos nós, todas as instituições têm obrigações com a democracia, com o estado de direito, com a Constituição", declarou Pacheco, na ocasião.