Pacheco reforça críticas a Ernesto Araújo e diz que política internacional do Brasil tem que ser revista

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, reforçou nesta quinta-feira (25) as críticas ao ministro Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e disse que política internacional do Brasil tem que ser revista. Questionado se é favorável à saída do ministro, frisou que cabe ao presidente da República, Jair Bolsonaro, decidir sobre quem ocupa o cargo. De toda forma, Pacheco entende que há muitos erros no enfrentamento da pandemia e um deles é o não estabelecimento de uma relação diplomática de produtividade com diversos países que poderiam ser colaboradores.

Rodrigo Pacheco ainda confirmou que está em investigação pela Polícia do Senado o caso do assessor Filipe Martins, que foi filmado, nesta quarta (24), em audiência no Senado, arrumando a roupa e, ao mesmo tempo, supostamente fazendo um sinal com as mãos (visto como um gesto obsceno ou de racismo). "O Senado não é lugar de brincadeira, é lugar de trabalho. Nós estávamos trabalhando, buscando soluções e informações de um Ministério que está muito aquém do desejado para o Brasil. Não pode esse tipo de conduta estar presente neste ambiente", registrou.

Quanto à declaração do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira - de que foi ligado o "sinal amarelo" quanto aos erros praticados no enfrentamento da crise sanitária - Rodrigo Pacheco ponderou que trata-se de uma insatisfação, mas que o Congresso busca um ambiente de consenso e opinou que governo precisa adotar a postura.

Na quarta, Lira fez um pronunciamento em Plenário e reforçou que é necessário um bom relacionamento entre os Poderes e entre os países para o enfrentamento da crise atual.