Paciente com depressão tem mais chances de desenvolver covid longa
Condição é diagnosticada quando os sintomas iniciais persistem por até três meses
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Um estudo conduzido por pesquisadores associados aos hospitais Albert Einstein identificou uma correlação entre a deterioração da saúde mental em pacientes nos primeiros 30 dias após o diagnóstico de Covid e um aumento na probabilidade de desenvolver a forma prolongada da doença.
Chamada de Covid longa ou persistente é a condição diagnosticada quando os sintomas iniciais persistem por até três meses ou quando surgem novos problemas de saúde relacionados à infecção. Entre os sintomas comuns da Covid longa estão fadiga, falta de ar e perda de desempenho cognitivo.
A pesquisa, baseada em dados de saúde de 1.409 pacientes diagnosticados com Covid, dos quais 291 foram hospitalizados, utilizou um questionário de rastreio para depressão. Esse questionário indica impacto na saúde mental, mesmo sem confirmação de depressão.
No grupo de pacientes não hospitalizados, aqueles que apresentaram rastreio positivo para depressão tiveram um risco 6,5 vezes maior de desenvolver Covid longa em comparação com os que não tinham depressão. No grupo de pacientes hospitalizados, a população afetada mentalmente apresentou quase 4 vezes o risco da condição.
Além disso, o estudo revelou que mulheres têm uma propensão maior a desenvolver Covid longa, com um risco até 4,5 vezes maior em comparação aos homens.
Segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), 5,8% da população brasileira, equivalente a 11,7 milhões de pessoas, sofrem com essa condição mental.