Pacífico e próspero
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O diálogo ou ato que busca pacificar é, também, um movimento que antevê prosperidade. A dinâmica é aplicável em distintas questões da humanidade, numa gradativa tentativa de equilibrar as coisas num mundo agitado, de ânimo nem sempre amigáveis. A diversidade cultural, cujo Dia Mundial para o Diálogo e o Desenvolvimento foi celebrado no último dia 21 de maio, é uma das chaves para resultados positivos, apesar de ainda ser encarado com um problema sem muita retórica para uma considerável parcela da sociedade – brasileiro e de todo o globo.
A pluralidade, por certo, é a possibilidade de expandir o entendimento de mundo e apontar não apenas uma única verdade, mas diversas formas de encarar a vida. Como outrora, já bem sinalizado pela Unesco, é uma abertura cognitiva e intelectual, assim como uma força motora para o desenvolvimento social e o crescimento econômico.
Entretanto, mais do que conceitos e possibilidades, a paz e o progresso pela diversidade cultural é um processo que requer o envolvimento e comprometimento do indivíduo, que precisa aprender, sensibilizar-se sobre alteridade, a habilidade de desviar o foco de si mesmo, de saber ouvir e encarar o diferente, e interiorizar o valor de cada cultura à existência.
Como parte do patrimônio comum da humanidade e como uma força motora para a paz e a prosperidade, que está no cerne da Declaração Universal da Unesco sobre o tema, dias como o 21 de maio é um bom motivo para olhar ao redor, nos cantos do nosso Brasil, principalmente, e compreender quão apartadas as pessoas estão uma das outras, e quanta hostilidade tenciona estas relações, muito devido à incapacidade de aceitar diferenças culturais, que englobam desde crenças, línguas e, sim, gênero.
Infelizmente, a questão vai inclusive mais fundo, e ruídos são formados até mesmo por inteligíveis ataques contra gostos musicais, de vestimenta, do que o outro come.
Pacificar e prosperar, é um exercício a todos diante da diversidade cultural.