Padrasto é condenado a 40 anos pela morte do menino Joaquim
Caso aconteceu em 2013; mãe do garoto foi absolvida
Foto: Reprodução/EPTV
Guilherme Longo, padrasto de Joaquim Ponte Marques, foi condenado pela Justiça de São Paulo por causar a morte do menino, em novembro de 2013, ao administrar uma superdosagem de insulina. A sentença foi proferida no sábado (21).
O julgamento aconteceu no Fórum de Ribeirão Preto, em São Paulo. De acordo com a acusação, Joaquim foi morto pelo padrasto ao receber uma dose excessiva de insulina, medicamento utilizado no tratamento do diabetes do menino.
Guilherme Longo foi condenado pelos crimes de homicídio qualificado por ter empregado meio cruel, recurso que impossibilitou a defesa da vítima, e pelo fato de Joaquim ser menor de idade. A pena será cumprida em regime inicialmente fechado. Natália Ponte, mãe do garoto, também passou pelo julgamento, porém foi absolvida pelos jurados da acusação de omissão.
Relembre o crime
A morte do menino Joaquim, ocorrida em 2013, é considerada um dos crimes mais chocantes da história do estado de São Paulo. Ele desapareceu em 5 de novembro de 2013 e seu corpo foi encontrado cinco dias depois, no rio Pardo, em Barretos, a 423 km de São Paulo.
Na época, a denúncia do Ministério Público sustentava que Longo matou o enteado, que era diabético, com uma alta dosagem de insulina, dentro de casa, e depois jogou o corpo no córrego Tanquinho, distante cerca de 200 m da residência. De lá, o corpo teria sido levado até o ribeirão Preto, afluente do rio Pardo.
Guilherme Longo chegou a ser preso na época, mas solto em seguida após receber um habeas corpus. Após a divulgação de uma reportagem da RecordTV em que assumia o crime, o padrasto de Joaquim fugiu para a Espanha, onde foi encontrado em 2017. Em seguida, negou as declarações e disse que deu entrevista em troca de dinheiro.