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Palácio de Versalhes celebra 400 anos abrindo ao público os quartos pessoais de Maria Antonieta

A rainha consorte de Luís 16, cujo destino trágico marcou a Revolução Francesa

Por Da Redação
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Palácio de Versalhes celebra 400 anos abrindo ao público os quartos pessoais de Maria Antonieta

Foto: Reprodução

No icônico Palácio de Versalhes, que celebra seu 400º aniversário, os visitantes terão uma experiência única ao adentrar os aposentos privados de Maria Antonieta, a rainha consorte de Luís 16, cujo destino trágico marcou a Revolução Francesa.

Maria Antonieta, conhecida por sua vida conturbada, chegou à corte francesa em 1770 e transformou seus aposentos privados em um imenso palácio após seu casamento com o futuro rei Luís 16.

Esses quartos, meticulosamente restaurados para recuperar os padrões, tecidos e móveis da época, serviram como o "refúgio" da rainha durante seu reinado tumultuado. Localizados na ala esquerda do palácio, em dois andares, testemunharam momentos importantes da vida de Maria Antonieta, onde ela cercava-se de seus filhos, cortesãs e possivelmente seu suposto amante, o conde sueco Axel de Fersen.

Axel de Fersen, oficial do Exército da Suécia, conheceu a rainha em um baile na Ópera de Paris em janeiro de 1774. Sua amizade se desenvolveu rapidamente e, anos mais tarde, o conde participou ativamente da Guerra da Independência Americana. Ao retornar a Versalhes em 1783, Maria Antonieta já era rainha e mãe, mas sua relação com Luís 16 era estritamente amistosa.

Recentes descobertas nos Arquivos Nacionais franceses revelam correspondências secretas entre Maria Antonieta e Axel de Fersen, sugerindo que o conde possivelmente era acolhido nos aposentos de "serviço" no segundo andar. Essa descoberta lança luz sobre um aspecto intrigante da vida da rainha.

A restauração desses espaços traz uma nova compreensão da história, destacando o paradoxo entre a vida pública e privada, etiqueta e intimidade, tudo encapsulado em apenas alguns metros quadrados, conforme explicado por Catherine Pégard, presidente do palácio e do domínio de Versalhes.

A recuperação dos tecidos de seda, presumivelmente nas cores originais da época, como lilás e dourado, e a restauração de um papel de parede com um motivo de abacaxi, fruta adorada por Maria Antonieta, são detalhes marcantes. Além disso, a biblioteca privada e a sala de bilhar foram minuciosamente restauradas, totalizando cerca de 100 metros quadrados de pura história.

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