Pandemia aumenta pobreza infantil, ressalta pesquisa da PUC
Crianças que vivem abaixo da linha da pobreza saltou de 36,1%, em 2020, para 44,7%, em 2021
Foto: Marcello Casal/Agência Brasi
Um estudo realizado por pesquisadores da PUC do Rio Grande do Sul mostra que a pobreza infantil aumentou no Brasil com a pandemia. Com base nos dados da PNAD Contínua, do IBGE, a pesquisa conclui que a proporção de crianças com até seis anos vivendo abaixo da linha da pobreza saltou de 36,1%, em 2020, para 44,7%, em 2021.
Ou seja, para cada pessoa da família vive com o máximo de R$ 465, por mês. Em 2021, 12,7% estavam na faixa de extrema pobreza, onde a renda mensal por pessoa não passa de R$ 161. É a taxa mais alta desde o primeiro ano de coleta de dados pelo IBGE, em 2012.
Segundo a pesquisa, em números absolutos, são 7,8 milhões de crianças vivendo na pobreza e 2,2 milhões na extrema pobreza. O Nordeste é a região que apresenta o quadro mais grave, onde mais de 60% das crianças estão abaixo da linha da pobreza. Apenas o Ceará teve taxa um pouco menor, de 59,6%.
