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Pandemia deixa marinheiros confinados em cruzeiros ao redor do mundo

ONU já considera situação como crise humanitária

Por Da Redação
Ás

Pandemia deixa marinheiros confinados em cruzeiros ao redor do mundo

Foto: Reprodução/Internet

Muitos marinheiros estão presos nos navios em que trabalhavam, por conta das restrições impostas nas fronteiras pela pandemia do coronavírus. Entre os engenheiros em cargueiros, garçons em cruzeiros de luxo ou cozinheiros em balsas, todos estão esperando há meses para retornar para casa.

Os confinados vivem uma situação dramática, que a ONU já considera como uma grave crise humanitária que já teria causado vários suicídios. “Atualmente, existem mais de 200 mil marinheiros presos no mar que já excederam o prazo de seus contratos”, disse Guy Platten, secretário-geral da Câmara Internacional de Marinha Mercante (ICS).

No início de julho, durante a cúpula marítima internacional no Reino Unido, uma dúzia de governo prometeu reconhecer a profissão como “essencial” para permitir que esses funcionários marítimos voltassem para casa. Cerca de um quarto dos marinheiros retidos no mar são filipinos.

De acordo com as autoridades do país asiático, cerca de 80 mil estão presos em navios ao redor do mundo. Em maio, um filipino morreu depois de se mutilar a bordo de um cruzeiro ancorado na costa da Flórida, de acordo com a Guarda Costeira dos Estados Unidos.

Os marinheiros expressaram preocupação em uma carta enviada ao secretário-geral da ONU, António Guterres, na qual escreveram, no mês passado, que alguns estavam presos em seus navios há 15 meses, quando a convenção marítima limita os embarques a uma duração máxima de 12 meses.

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