Pandemia pode elevar porcentagem de abstenção para 30%, estima Justiça Eleitoral

Presidente do TSE se mantém otimista com número de eleitores que devem votar

Por Da Redação
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Pandemia pode elevar porcentagem de abstenção para 30%, estima Justiça Eleitoral

Foto: Reprodução/PGE-RJ

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) segue atento com o risco de uma taxa recorde de abstenção no primeiro turno eleições municipais que vão ocorrer em 15 de novembro. Em 2016, cerca de 25 milhões de eleitores deixaram de votar no primeiro turno, o que representou 17,6% do total. Entretanto, o número segue apresentando uma alta de maneira gradual nos últimos anos.

Em 2004, por exemplo, o índice foi de 14,2%. Agora, uma ala do TSE avalia que 30% dos eleitores podem se abster. Apesar da tendência, no entanto, o presidente do Tribunal, ministro Luís Roberto Barroso mantém uma posição otimista. “Existe uma média histórica de abstenção de 20%. Tenho a expectativa de que essa abstenção não cresça, por paradoxal que possa parecer”, disse ao Valor Econômico.  

Para o ministro, um sinal de que não haverá um salto neste patamar é o fato de o TSE ter feito uma campanha para atrair mesários voluntários, com adesão de mais 929 mil pessoas. Apesar do esforço do TSE para transmitir a mensagem de que será seguro comparecer aos locais de votação, especialistas acreditam que a pandemia deve aumentar o patamar de abstenção.

“Algumas pesquisas de opinião perguntaram sobre se as pessoas pretendem votar ou não. E essas pesquisas dão alguns indícios de que a abstenção deve aumentar”, afirma a cientista política Lara Mesquita, do Cepesp (Centro de Política e Economia do Setor Público).

Para o professor Marco Antonio Teixeira, da FGV-SP (Fundação Getulio Vargas de São Paulo), “a alta abstenção é um risco”, seja por falta de alternativa (“para além do comparecimento físico do eleitor”), seja pelos números (ainda elevados de casos e mortes por Covid-19). 

Já o professor Humberto Dantas, que coordena o mestrado em Liderança Pública do CLP, disse acreditar que o índice de abstenção vai variar muito de um lugar para o outro. Aposto em um aumento da abstenção nos grandes centros, e não aposto em movimentos tão significativos assim nas pequenas cidades”, afirma.

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