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Papa nomeia primeira mulher a assumir o alto posto diplomático no Vaticano

Ela cuidará das relações multilaterais no secretariado, onde trabalha desde 1993

Por Da Redação
Ás

Papa nomeia primeira mulher a assumir o alto posto diplomático no Vaticano

Foto: Reprodução / Vatican Media / Via Reuters

O Papa Francisco nomeou pela primeira vez uma mulher, a advogada italiana Francesca Di Giovanni, como subsecretária da Secretaria de Estado, informou o Vaticano nesta quarta-feira (15). Di Giovanni, 66 anos, tem vasta experiência e será responsável pela seção especializada em relações com os Estados. A funcionária, que trabalha no Vaticano há 27 anos, ficará subordinada diretamente ao cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado.

Nascida em Palermo, em 1953, a nova subsecretária é licenciada em Direito, treinada pelo movimento católico dos Focolares e é especialista, entre outros, em migração, refugiados, direito internacional humanitário, status da mulher, propriedade intelectual e turismo.

A Igreja Católica Romana permite apenas a ordenação de homens como padres e as mulheres tradicionalmente foram excluídas dos espaços de tomada de decisão. No entanto, grupos de mulheres, incluindo a União Internacional de Superioras-Gerais, uma organização de freiras católicas, tem pedido há muito que o papa indique mais mulheres para altos cargos na burocracia do Vaticano.

Elas citam dados que mostram que mais da metade dos 1,3 bilhões de católicos do mundo são mulheres e que o número de membros em ordens religiosas femininas é cerca de três vezes maior do que nas ordens masculinas.

Um comunicado do Vaticano que confirma a nomeação de Di Giovanni afirma que ela cuidará das relações multilaterais no secretariado, onde trabalha desde 1993. Ela é uma especialista em lei internacional e em direitos humanos. O Vaticano, um Estado soberano cravado em Roma, tem relações com mais de 180 países.

"O Santo Padre tomou uma decisão inovadora, certamente, que representa um sinal de atenção para com as mulheres", disse Di Giovanni em declarações ao jornal do Vaticano, L'Osservatore Romano. De qualquer maneira, a nova subsecretária considera que sua posição "está ligada à tarefa, e não ao fato de ser mulher."
 

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