Para conter tensões no Oriente Médio, Irã rejeita apelos da França, Alemanha e Reino Unido
Israel é acusado pelo Teerã e aliados de estar por trás do assassinato de Ismail Haniyeh, líder político do grupo palestino Hamas
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Os apelos de França, Alemanha e Reino Unido por moderação em relação a Israel foram rejeitados pelo Ministério das Relações Exteriores do Irã, nesta terça-feira (13), afirmando que falta aos chamados "lógica política" e que eles "contradizem princípios do direito internacional".
Em uma declaração divulgada na segunda (12), os três países europeus haviam solicitado que o Irã e seus aliados se abstivessem de ataques contra Israel em retaliação ao assassinato de Ismail Haniyeh, líder político do grupo palestino Hamas, em Teerã, no fim de julho.
Israel é acusado pelo Teerã e aliados, incluindo o Hamas e o grupo xiita Hezbollah, de estar por trás do assassinato. O governo israelense não assumiu nem negou a responsabilidade. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse apenas que seu país deu "golpes esmagadores" em aliados do Irã.
Promessas de vingança de grupos terroristas e o Irã, contra Israel e seus aliados, juntamente com a possibilidade de uma expansão da guerra no Oriente Médio, vem causando preocupação entre governos da região e do resto do mundo.
Os Estados Unidos estão se preparando para o que podem ser ataques significativos do Irã ou de seus representantes no Oriente Médio, segundo o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby. O porta-voz do ministério iraniano, Nasser Kanaani, criticou a declaração dos países europeus, destacando que o apelo ignora os "crimes do regime sionista (Israel)" e exige que o Irã não responda a uma violação de sua soberania e integridade territorial.
Israel colocou suas forças armadas em alerta máximo, segundo o "The Wall Street Journal", e o Pentágono enviou um submarino com mísseis guiados para a região e está acelerando a chegada de do porta-aviões USS Abraham Lincoln, equipado com caças F-35, para incrementar as defesas de Israel.
Kanaani afirmou que o governo iraniano está determinado a desencorajar Israel e fez um apelo para que os países europeus se posicionem contra a guerra em Gaza e as ações bélicas de Israel.
Um vice-comandante da Guarda Revolucionária do Irã afirmou, nesta sexta-feira (9), que está pronto para cumprir ordem do líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, de "punir duramente" Israel pelo assassinato de Haniyeh. Segundo a imprensa iraniana, Ali Fadavi disse que as ordens do líder supremo, em relação à punição severa de Israel e à vingança pelo sangue do mártir Ismail Haniyeh, "são claras e explícitas... e serão implementadas da melhor maneira possível".
Já o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, afirmou na semana passada ter ligado para o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, para informá-lo sobre ajustes na postura das forças dos EUA e reforçar o apoio "inabalável à defesa de Israel".