Paralimpíadas 2024: Brasil ultrapassa a marca de 50 medalhas em Paris, confira resumo da quarta (4)
Destaque do dia foi Carol Santiago que conquistou sua sexta medalha na história dos jogos
Foto: Marcello Zambrana/CPB
O Brasil ultrapassou a marca de 50 medalhas nas Paralimpíadas de Paris. Nesta quarta-feira (4), os brasileiros subiram ao pódio oito vezes, fazendo o país chegar a 57 medalhas nos jogos.
O destaque do dia foi para Carol Santiago que conquistou seu sexto ouro nos jogos, com a vitória nos 100m S12, e ainda voltou às águas para faturar a prata no revezamento 4x100 livre 49 pontos.
O ponto negativo da quarta (4) ficou por conta do golbol maculino e feminino, que caíram na semifinal e vão disputar o bronze, em ambas as chaves, contra a China, na próxima quinta-feira (5).
Atletismo
Bartolomeu Chaves, conhecido como Passarinho, faturou a prata nos 400m T37 - classe do atletismo para pessoas com paralisia cerebral - nas Paralimpíadas de Paris. O brasileira precisou se jogar na linha de chegada para subir ao pódio.
Passarinho bateu a melhor marca da carreira, com 50s39, e segurou a prata. O ouro ficou com o russo Andrei Vdovin e o bronze com Amen Allah Tissaoui.
Oito anos depois, Verônica Hipólito volta a subir em um pódio das Paralimpíadas. Ela conquistou o bronze nos 100m da classe T36 (paralisados cerebrais).
A velocista fez sua melhor marca na temporada, 14s24, ficando atrás apenas da chinesa Yiting Shi, que faturou o ouro com direito a recorde paralímpico, com 13s39, e da neozelandesa Danielle Aitchison, prata com 13s43.
Nos 100m T53, Ariosvaldo Fernandes, o Parré, também levou o bronze, a primeira medalha do Brasil em corridas em cadeira de rodas depois de 36 anos. No lançamento de peso, Wanna Oliveira ficou com a prata.
Natação
A brasileira Carol Santiago liderou mais uma prova de ponta a ponta e chegou ao seu sexto ouro em Paralimpíadas. Dessa vez, a conquista veio nos 100 m livre, na categoria S12 (deficiência visual), com o tempo de 59s30.
Além desse, foram dois outros ouros em Paris-2024: nos 100 m costas (S12) e nos 50 m livre (S13). Ela superou o número total de ouros da velocista Ádria Santos, que ficou no topo do pódio em quatro oportunidades e até antes dos Jogos era a detentora do recorde brasileiro.
A capixaba Patrícia Pereira conquistou a medalha de prata nos 50m peito na classe S3 (limitação físico-motora). A brasileira fechou a prova em 58s31. O ouro ficou com a italiana Monica Boggioni, com 53s25, e o bronze foi para a espanhola Marta Fernandez, com 58s63.
Nos 100m livre classe S9, Mariana Gesteira conquistou a medalha de bronze, sua terceira nos Jogos. Ela concluiu a prova no tempo de 1min02s22. O ouro ficou com a australiana Alexa Leary e a prata com a estadunidense Christie Raleigh-Crossley. Elas fecharam a prova em 59s53 e 1min00s18, respectivamente.
No revezamento 4x100m livre 49 pontos, os brasileiros brilharam. Matheus Rheine, Douglas Matera, Lucilene Sousa e Carol Santiago fizeram uma prova de altíssimo nível e chegaram a liderar durante boa parte do tempo, mas ficaram com a prova.
A Ucrânia reagiu na reta final e ganhou o ouro, com tempo de 3min53s84. A Espanha completou o pódio (3min57s95).
Halterofilismo
Na manhã desta quarta (4), Lara Lima foi a responsável por conquistar a 50ª medalha do Brasil em Paris 2024. Ela conquistou o bronze no halterofilismo, na categoria para atletas até 41kg.
Lara Lima foi perfeita em todas as tentativas. Ela começou tentando erguer 105kg e conseguiu sem maiores problemas. Nas duas tentativas seguintes, ela aumentou o peso para 107kg e, na última, ergueu 109kg, marcas que garantiram à brasileira o terceiro lugar na grande final.
Golbol
A seleção masculina de golbol vai disputar o bronze nas Paralimpíadas. Campeã em Tóquio 2020, a seleção foi derrotada pela Ucrânia por 6 a 4 na semifinal.
Agora, o Brasil vai enfrentar a China na busca pelo bronze. O confronto acontece na quinta-feira (05), a partir das 08h15 (de Brasília).
Na chave, as brasileiras perderam para Turquia, por 3 a 1, e vão disputar o bronze contra a China na próxima quinta-feira (4), às 10h.