"Parcialidade na Lava Jato tirou Lula das eleições", diz deputado Ricardo Barros
Barros diz que Judiciário e Supremo assumem protagonismo através do ativismo político
Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
O líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), avaliou os métodos da Operação Lava Jato, indicando que as interpretações "parciais" resultou no julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que foi preso em abril de 2018, após a condenação em segunda instância do “Caso Tríplex”.
"É claro que há uma parcialidade na posição da Lava Jato, todos sabem disso. É evidente, é visível. Tirou o Lula da eleição, produziu uma situação nova para o país, a interpretação [da lei] mudou... Era uma [interpretação], mudou para prender Lula. Passou a eleição, mudou para soltar Lula. Não precisamos fazer muito esforço para perceber ativismo político", disse durante participação no UOL Entrevista.
Barros também questionou o fato de o Ministério Público (MP) e a Justiça, de forma geral, supostamente não responderem pelos erros cometidos durante julgamentos. Os métodos de investigação — como as buscas e apreensões, por exemplo —, segundo o deputado, também são controversos.
"Quem sabe quem não vai ganhar uma eleição no Brasil? O MP e o Judiciário, porque eles agem contra o cidadão no meio da campanha, prendem, fazem busca e apreensão, tiram a pessoa do processo político. E depois de alguns anos, se ficar provado que não era nada... Não era nada, bate nas costas. Nem pedir desculpa eles pedem", criticou.