Partido Novo decide usar dinheiro público do fundo partidário
Com as mudanças a legenda “amadurece para um novo momento”, segundo presidente da sigla
Foto: Divulgação/Partido Novo
A diretoria do Partido Novo definiu, em convenção nacional realizada na terça-feira (28), que passará a usar rendimentos do fundo partidário, assim como as demais legendas. Eduardo Ribeiro, presidente da sigla, afirmou que com as mudanças a legenda “amadurece para um novo momento”.
“Com 85% dos votos favoráveis em questões até pouco tempo sensíveis, como o uso dos rendimentos do Fundo Partidário, ficou bastante claro que o partido amadureceu para um novo momento, e terá, de agora em diante, muito mais capilaridade e competitividade frente aos nossos concorrentes”, disse.
A sigla, que foi fundada em 2011, tinha como uma das diretrizes de seu estatuto a não utilização deste tipo de recurso. O ex-presidente e fundador da sigla João Amoêdo usou suas redes sociais na terça para afirmar que, ao implementar tal mudança, o diretório nacional “burla a lei”.
Além do ex-presidente, outros membros do partido, como os deputados federais Marcel van Hattem (RS) e Gilson Marques (SC), se notabilizaram por criticar o fundo e destacar a postura da sigla ao não utilizar o recurso. A parcela do fundo partidário distribuída ao Novo gira em torno de R$ 2,3 milhões mensais.
O fundo é utilizado para o custeio de despesas cotidianas como pagamento de salários de funcionários, contas de água e luz, passagens aéreas, aluguéis, entre outras. Em 2022, o Fundo Partidário contemplou 24 legendas com o valor total de pouco mais de um bilhão de reais.