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Política

Pastor lobista do MEC, Arilton Moura, já foi 90 vezes à Câmara dos Deputados, diz jornal

Arilton é investigado por um suposto envolvimento em esquema de propina para a distribuição de verbas a escolas públicas

Por Da Redação
Ás

Pastor lobista do MEC, Arilton Moura, já foi 90 vezes à Câmara dos Deputados, diz jornal

Foto: Reprodução/Redes sociais

O pastor Arilton Moura, que está sendo investigado sobre um suposto envolvimento no esquema de cobrança de propina para a distribuição de verbas a escolas públicas e se recusou a comparecer à Comissão de Educação do Senado Federal, na quinta-feira (7), esteve na Câmara dos Deputados 90 vezes. As informações são do jornal O Globo.

De acordo com o site, o religioso também efetuou visitas ao gabinete do deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), e o motivo do encontro não foi explicado. Ainda segundo a reportagem, o pastor visitou pelo menos 10 gabinetes de diferentes parlamentares.

O deputado João Campos (Republicanos-GO) foi o que mais recebeu visitas de Moura e explicou dizendo que Gilmar pediu recursos de emenda parlamentar para fundação ligada a uma igreja. O pastor também teria visitado outro pastor envolvido no caso do Ministério da Educação (MEC), Gilmar Santos.

No caso de Marcelo Brum (União-RS), foi alegado que Arilton compareceu ao gabinete para solicitar recursos para os projetos sociais da igreja, que beneficiam idosos. O deputado Elias Vaz (PSB-GO) informou que Arilton foi à Câmara pedir a filiação do genro do pastor Gilmar Santos ao Partido Socialista Brasileiro, para disputar a vaga de deputado estadual por Goiás. A filiação não foi concretizada por diferenças ideológicas.

Os deputados Hélio Lopes (União Brasil-SP) e Guiga Peixoto (União Brasil-SP) não forneceram explicações sobre o encontro com o pastor.

Em defesa, o deputado alegou que nas vezes que encontrou o pastor, ele teria pedido recursos de emenda parlamentar para a fundação relacionada a uma igreja.

A investigação foi iniciada a partir de áudios que foram atribuídos ao ex-ministro Milton Ribeiro, nos quais ele afirmava dar prioridade na destinação de dinheiro público aos municípios comandados por "amigos do pastor Gilmar Santos". Além disso, prefeitos também confirmaram que os religiosos cobravam propinas entre R$ 15 mil e R$ 40 mil para viabilizar construções de creches, escolas e institutos educacionais.

A denúncia resultou na saída de Ribeiro do comando da pasta, hoje chefiada pelo interino Victor Godoy Veiga. Também foi aberta uma investigação pela Polícia Federal. 

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