Pastores suspeitos de pedir propina para prefeitos estiveram no Planalto 45 vezes
Lista com entradas e saídas foi divulgada pelo GSI nesta quinta-feira (14)
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Mesmo após decretar sigilo sobre encontros, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), do Palácio do Planalto, recuou e divulgou, nesta quinta-feira (14), a lista de encontros feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) com os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, suspeitos de pedirem propina para prefeitos em troca de recursos do Ministério da Educação (MEC).
Em documento, o GSI revela as datas e horários das visitas dos pastores ao Palácio do Planalto, desde 2019. Os dois estão sendo investigados pela Polícia Federal e negam irregularidades.
O ofício aponta que os dois pastores suspeitos de serem lobistas estiveram no Palácio do Planalto, principalmente na Casa Civil, 45 vezes desde 2019. Arilton esteve no prédio 35 vezes e Gilmar, 10.
Somente em 2019, Arilton se reuniu com membros do Planalto, 27 vezes. Já em 2020, uma vez; em 2021, cinco; em 2022, duas. Gilmar, por sua vez, compareceu ao local seis vezes em 2019; em 2020, uma vez; em 2021, duas vezes e em 2022, uma vez. Os dois frequentavam o local no mesmo horário, na maioria das vezes.
Ontem (13), o GSI negou acesso às informações por parte do O Globo, alegando que a solicitação “não poderá ser atendida”, pois a divulgação da lista poderia colocar em risco a vida de Bolsonaro e parentes.