Paul McCartney revela que John Lennon foi o responsável pela separação dos Beatles

Em uma recente entrevista ao programa This Cultural Life da BBC, Paul McCartney, ex-Beatle, revelou que foi John Lennon quem instigou a separação da banda. A declaração ocorre após mais de 50 anos de separação da banda. Na época, McCartney foi acusado de incentivar a divisão do grupo, principalmente quando respondeu à pergunta de jornalistas afirmando que os Beatles não existiriam mais.  

Quando questionado sobre sua decisão de seguir carreira solo, McCartney disse: “Pare aí. Não sou a pessoa que instigou a separação. John entrou em uma sala um dia e disse que estou saindo dos Beatles". McCartney afirmou também que Lennon descreveu sua decisão de sair como "muito emocionante" e "como um divórcio".

Relembrando o que considera como o “período mais difícil de sua vida”, o ex-Beatle revelou que queria que o grupo continuasse, especialmente porque depois de apenas oito anos juntos, eles ainda estavam criando “coisas muito boas". " A questão realmente era que John estava começando uma nova vida com Yoko. John sempre quis se libertar da sociedade porque, você sabe, ele foi criado por sua tia Mimi, que era bastante repressiva, então ele estava sempre procurando se libertar, afirma McCartney. 

McCartney ainda lembra que "a separação tornou-se inevitável porque John queria protestar por uma semana em Amsterdã pela paz". Mas ao contrário do que muitos podem imaginar, Paul não culpa Yoko. “Eles eram um ótimo casal. Havia uma grande força ali”, acrescenta.

Segundo Paul, os advogados foram acionados por ele para proteger o legado dos Beatles. “Eu tinha que lutar e a única maneira de fazer isso era processando os outros Beatles, porque eles estavam indo com Klein - gerente do grupo na época que pediu a eles para ficarem quietos sobre a separação enquanto ele fechava alguns negócios da banda - e eles me agradeceram anos depois. Mas eu não provoquei a separação. Esse era o nosso Johnny", declarou o ex-Beatle Paul McCartney.