PCC pode ter até R$ 500 mi bloqueados após operações da PF
Operação acontece em Santos (SP) e Mato Grosso do Sul

Foto: Agência Brasil
O Primeiro Comando da Capital (PCC) pode ter até R$ 500 milhões bloqueados após Operações da Polícia Federal (PF) em Santos (SP) e Mato Grosso do Sul. Além do bloqueio, o PCC pode ter automóveis de luxo apreendidos, a identificação de imóveis de alto padrão e empresas criadas para a lavagem de dinheiro da facção criminosa. De acordo com as investigações, o Mato Grosso do Sul, por causa da fronteira com o Paraguai e Bolívia, países de onde saem a maconha e cocaína comercializadas pelo crime organizado, e a cidade de Santos (SP), sede do maior porto da América Latina, de onde a droga é exportada para a Europa, são os principais redutos do PCC na atualidade.
Na última segunda-feira (31), a segunda fase da operação Caixa Forte da PF desarticulou um forte esquema de pagamento de mesadas a integrantes do alto escalão do PCC. Já a Operação Pavo Real deflagrada no último (27), em Rondônia, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Santa Catarina, cumpriu 16 mandados de prisão e 67 de busca e apreensão.
De acordo com a PF, em Santos, os agentes apreenderam R$ 2 milhões e US$ 730 mil (cerca de R$ 4 milhões) em um imóvel relacionado ao traficante Moacir Levi Correia, o Bi da Baixada. Condenado a 29 anos por duas tentativas de homicídio, Correia foi colocado em liberdade em 18 de outubro de 2019, quando saiu pela porta da frente da Penitenciária Federal de Porto Velho. Ele já cumpriu pena na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (SP), onde a principal liderança do PCC ficou recolhida até fevereiro de 2019, quando foi transferida para presídios federais.