PDT anuncia apoio a Pacheco e dá maioria teórica a candidato no Senado
Candidato é apoiado por Davi Alcolumbre e Jair Bolsonaro
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
O Partido Democrático Trabalhista (PDT) anunciou nesta quinta-feira (14), apoio ao candidato Rodrigo Pacheco (DEM-MG) na corrida pela presidência do Senado, oferecendo ao senador mineiro um número de votos que, segundo o partido, é suficiente para ele vencer a disputa. O senador já tinha o apoio de oito bancadas, que reúnem 38 votos, são elas: DEM, PL, PP, PROS, PSC, PSD, PT e Republicanos. O PDT tem mais 3 senadores, o que daria a Pacheco os 41 votos necessários para vencer a eleição para a presidência da Casa.
Além disso, Pacheco é o nome do atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que se engajou na articulação para eleger seu sucessor. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já havia informado sua preferência pelo senador em reunião interna e, nesta semana, disse publicamente ter "simpatia" pelo candidato.
Como a votação é secreta, é possível que haja traições ou mesmo que senadores revertam seus votos até o dia da eleição, no início de fevereiro. Um senador do PP, Esperidião Amin (PP-SC), informou que vai votar na rival, Simone Tebet (MDB-MS). A bancada do PSDB se dividiu em reunião na noite da última quarta-feira (13) e, por isso, o líder interino Izalci Lucas (PSDB-DF) decidiu liberar os senadores para votarem como desejarem.
O apoio do PDT, partido de Ciro Gomes, foi confirmado em uma nota divulgada no fim da manhã desta quarta-feira. A bancada afirma que o Brasil vive um momento difícil e que terá pela frente o desafio de "reencontrar o rumo correto para superar o desafio de conter a pandemia de coronavírus, proteger a população, recuperar a economia, estabelecer um mínimo de justiça social, garantir a estabilidade institucional e democrática e preparar um clima saudável e equilibrado para as eleições de 2022".
O texto também afirma que o Congresso necessita de uma condução firme, independente, coerente, porém serena, madura e que atenda aos interesses do país. Contudo, a nota afirma que o apoio não representa um alinhamento automático da bancada do partido com as pautas defendidas por outras siglas que integram o bloco de apoio.
Pacheco conseguiu reunir em torno de si partidos de linhas ideológicas divergentes. No caso mais emblemático, obteve o apoio do partido Republicanos e também do PT. O partido afirma que vai manter uma posição de "independência e oposição responsável" ao governo federal. "Em todas as conversas com o senador Rodrigo Pacheco, o partido deixou claro que não abre mão da defesa de temas que considera fundamentais e sempre fizeram parte de sua história de luta, como a manutenção do estado democrático de direito, os ideais trabalhistas, a proteção à educação e saúde públicas de qualidade, o respeito aos direitos das minorias, com igualdade de oportunidades entre todos, independente do gênero, raça, credo ou origem, e a proteção dos mais vulneráveis", completa o texto.