PEC das Bondades vai ter ‘impacto desastroso’ na economia brasileira, diz deputado
A declaração de Nereu Crispim foi feita nesta terça-feira (12), à Jovem Pan News
Foto: Reprodução/Twitter
A votação da PEC das Bondades acontece nesta terça-feira (12), na Câmara dos Deputados. Caso seja aprovada, o governo federal poderá ampliar benefícios, como o Auxílio Brasil, e criar outros, como o vale-caminhoneiros, a menos de três meses de distância das eleições presidenciais.
No entanto, a oposição tenta adiar a medida. Na semana passada, o deputado federal Nereu Crispim (PSD-RS) apresentou uma ação ao Supremo Tribunal Federal (STF), solicitando que a matéria não fosse votada. O ministro André Mendonça negou o pedido.
Na última segunda (11), o parlamentar recorreu ao STF novamente, dessa vez contra a decisão de Mendonça. Em entrevista à Jovem Pan News, Crispim disse que a aprovação da PEC das Bondades é o mesmo que uma pedalada fiscal, que deverá ser paga em outros governos, no futuro, e, por isso, “o impacto vai ser desastroso na economia brasileira”.
“É uma pedalada que vamos deixar a conta para o próximo governo pagar, independente de quem ganhe as eleições. Ali na frente, isso vai acabar tendo um problema. É como fazer um empréstimo e ter que pagar lá na frente. É uma política momentânea e o impacto vai ser desastroso na economia brasileira", ressaltou.
"A gente sabe que não é uma renda permanente, que vai fazer com que as pessoas tenham planejamento nas suas finanças. Isso vai ser, desculpa a expressão, uma esmola. O motivo que estão dando para estourar o teto de gastos é inaceitável. Temos também um outro problema, que é a lei eleitoral. Muitos deputados têm que se atentar, porque os registros das suas candidaturas podem ser contestados por estarem infringindo a lei eleitoral, tem que tomar inclusive esse cuidado”, disse Nereu Crispim.
O deputado ainda destacou que não é contra a aprovação de medidas que concedam à população meios para se recuperar da crise econômica, mas alerta que a forma como está sendo proposta é eleitoreira e sem pensar a longo prazo