Pedido de Impeachment de Bolsonaro é Trends Topics no Twitter

Um dos assuntos mais comentados nesta segunda-feira (16) no Twitter foi #impeachmentdobolsonaroURGENTE, uma repercussão da aparição pública do presidente Jair Bolsonaro na manifestação deste domingo (15) em que pegou nas mãos e tirou fotos com celulares dos manifestantes, contrariando orientação do Ministério da Saúde e do governo do Distrito Federal, que proibiu aglomerações na capital do país. Também uma reação à entrevista de Bolsonaro à CNN na noite do domingo em que definiu como "histeria" as medidas adotadas no Brasil para contenção da pandemia do coronavírus.

Entre as postagens, fotos das manifestações, com cartazes que diziam "Covid-19 na gente. Vamos morrer pelo capitão" ou ainda "Corona better than STF" e "Corona better than corruption", em tradução livre, "Corona melhor que STF" e "Corona melhor que corrupção". 

Muitos questionaram o fato do presidente ter saído do isolamento prescrito pela equipe de médicos da presidência. Apesar de Bolsonaro ter testado negativo para o coronavírus, foi orientado a ficar em quarentena até terça (17), quando se completa uma semana do retorno à viagem aos Estados Unidos, onde teve contato com pessoas que contraíram o Covid-19.

Neste contexto, Janaina Paschoal e Miguel Reale Junior, que assinaram o pedido de impeachment de Dilma Rousseff, se colocaram contra Bolsonaro. Janaína disse que se arrependeu de ter votado em Bolsonaro. "Como é que esse homem vai lá, potencialmente contaminando as pessoas, pegando nas mãos, beijando. Ele está brincando? Ele acha que ele pode tudo? As autoridades têm que se unir e pedir pra ele se afastar, nós não temos tempo pra um processo de impeachment", afirmou.

O jurista Miguel Reale Júnior foi ainda mais longe, e disse ao Estadão que Jair Bolsonaro deve ser submetido a um teste de sanidade mental. 

“Seria o caso de submetê-lo a uma junta médica para saber onde o está o juízo dele. O Ministério Público pode requerer um exame de sanidade mental para o exercício da profissão. Bolsonaro também está sujeito a medidas administrativas e eventualmente criminais. Assumir o risco de expor pessoas a contágio é crime”, afirmou.