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Pelo menos 22 juízes ameaçados por milicianos terão escolta, assegura MPRJ

Vara Especializada é responsável pela proteção dos magistrados

Por Da Redação, Agência Brasil
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Pelo menos 22 juízes ameaçados por milicianos terão escolta, assegura MPRJ

Foto: Agência Brasil

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) assegurou escolta para pelo menos 22 juízes ameaçados por milicianos. Segundo o presidente do TJRJ, desembargador Claudio de Mello Tavares, "a 1° Vara Criminal Especializada no Combate ao Crime Organizado tem sido capaz de dar uma resposta aos milicianos".

O grupo, foi alvo da Operação Intocáveis II, deflagrada na manhã desta quinta-feira (30). A Vara é composta por três juízes que podem inclusive assinar sentenças em conjunto. Antes, as milícias eram julgadas em varas que tinham que lidar com diversos outros tipos de crimes.

A Operação Intocáveis II é um desdobramento da Operação Intocáveis, que levou à prisão de líderes milicianos em janeiro do ano passado. Desta vez, as polícias Civil e Militar e o MPRJ foram às ruas para cumprir 45 mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão. Os alvos são acusados de integrar uma milícia que desenvolvia atividades criminosas na região de Rio das Pedras e da Muzema.

Foram presas 33 pessoas e apreendidas armas, munições e R$ 13 mil. Entre os detidos, estão três policiais civis lotados na Delegacia da Barra da Tijuca e cinco policiais militares lotados nos batalhões de Jacarepaguá. 

Segundo a investigação, desde 2014, os alvos da Operação Intocáveis II teriam participado de crimes variados como grilagem, construção e venda ilegal de imóveis, porte ilegal de arma de fogo, extorsão de moradores, agiotagem, uso de ligações clandestinas de água e energia e pagamento de propina a agentes públicos. Eles estariam envolvidos na construção irregular dos dois prédios que desabaram na Muzema  em abril do ano passado, resultando na morte de 24 pessoas.

Um dos presos é Jorge Luiz Camillo Alves, policial civil da Delegacia da Barra da Tijuca. As investigações do MPRJ mostraram que Alves trocou mensagens com o policial militar Ronnie Lessa, preso desde março do ano passado como um dos acusados de assassinar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes em março de 2018. A operação recolheu material que poderá elucidar a relação entre ambos.

Segundo o desembargador, os mandados da operação foram entregues em mãos aos policiais militares e aos promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). 

 

 

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