Perda de ritmo da inflação foi puxada pelos recuos nos preços dos combutíveis em maio
Avanço de 0,23% faz IPCA acumular alta de 3,94% em 12 meses, diz IBGE
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Por causa da extinção da política de preços da Petrobras, houve uma perda de ritmo da inflação oficial brasileira em maio. No mês, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) avançou 0,23%, ante alta de 0,61% apurada em abril.
Com a desaceleração anunciada nesta quarta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a inflação passa a acumular alta de 3,94% nos últimos 12 meses, o menor nível desde outubro de 2020 (3,92%).
O resultado mantém a queda da inflação anual, iniciada em maio do ano passado e corresponde à manutenção, pelo terceiro mês seguido, do IPCA dentro do intervalo da meta preestabelecida pelo governo para 2023, de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (de 1,75% para 4,75%).
No mês, a perda de ritmo do índice de preços foi guiada pelas deflações dos grupos de transportes (-0,57%), com destaque para os recuos nos preços das passagens aéreas (-17,73%), além do resultado de combustíveis (-1,82%), por conta das quedas do óleo diesel (-5,96%), da gasolina (-1,93%) e do gás veicular (-1,01%).
A desaceleração do IPCA em maio também foi influenciada pelo resultado do grupo de alimentação e bebidas, que passou de 0,71%, em abril, para 0,16%, em maio. O principal destaque foi na alimentação no domicílio, que apresentou estabilidade após alta de 0,73% no mês anterior. A queda foi guiada pelos preços das frutas (-3,48%), do óleo de soja (-7,11%) e das carnes (-0,74%).
Por outro lado, a alta teve como destaque a inflação do tomate (+6,65%), do leite longa-vida (+2,37%) e do pão francês (+1,4%).