Peru expulsa embaixador do México no país por conceder asilo à família de Castillo
Ex-primeira-dama é investigada por supostos delitos de corrupção
Foto: Reprodução/Redes Sociais
O governo do Peru ordenou nesta quarta-feira (20) que o embaixador do México em Lima, Pablo Monroy, deixe o país em 72h. De acordo com a imprensa peruana, o diplomata foi declarado “persona non grata” por ter ajudado a ex-primeira-dama Lilia Paredes, esposa do ex-presidente Pedro Castillo, a conseguir asilo na embaixada do México.
As autoridades alegam que as ações do agora ex-embaixador prejudicaram investigações do Ministério Público sobre supostos delitos de corrupção cometidos por Lilia e outros parentes do ex-presidente. Em comunicado, a ministra das Relações Exteriores, Ana Cecilia Gervasi, anunciou que o governo concedeu salvo-conduto a Lilia e seus filhos para que possam ir ao México, que lhes concedeu asilo. A chanceler disse ainda ter informado ao governo mexicano que Paredes está sendo investigada.
“O governo mexicano foi informado pelo Ministério das Relações Exteriores que a Sra. Lilia Paredes está sendo investigada como autora do crime de organização criminosa, que está previsto e sancionado”, disse a chanceler.
Gervasi frisou que o salvo-conduto vale para Paredes e “seus dois filhos menores”, e não mencionou Yenifer Paredes, que é a irmã mais nova da esposa de Castillo, mas que foi criada como filha pelo casal presidencial e que também está sendo investigada pelo Ministério Público peruano por supostamente fazer parte de uma organização criminosa. “O governo reitera enfaticamente que não há perseguição política e que imperam o Estado de direito, a separação de poderes e o respeito pelas garantias da administração da justiça, incluindo o devido processo”, acrescentou Gervasi.