Pesquisa aponta que capitais brasileiras não estavam prontas para flexibilizar o isolamento social
Salvador aparece entre as oito cidades observadas
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Uma pesquisa da Universidade de Oxford publicada nesta segunda-feira (22) aponta que as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Fortaleza, Goiânia, Manaus e Porto Alegre "não atendem aos requisitos do OMS, embora as políticas de resposta do Covid-19 tenham reduzido a mobilidade" dos habitantes. Isso significa que as cidades não estavam preparadas para promover a reabertura do comercio e a flexibilização do isolamento social.
A falta de testes no volume adequado, a ausência de um programa de rastreamento de contato para tentar conter o contágio e o déficit de informações sobre como os brasileiros devem agir se apresentarem sintomas ou se tiverem contato com pessoas que apresentam sinais da doença foram apontadas como as principais deficiências, segundo os autores.
Entre as pessoas ouvidas que declararam ter sintomas, 13% foram testadas no tempo e 7% disseram que tentaram fazer o teste, mas não foram atingidas. "De fato, o único fator que permitiu a realização de um teste, sem período anterior à pesquisa e enquanto uma carga viral ainda era detectável, era com uma renda mensal de menos de 10 descontos menores", diz a pesquisa.
Sugestões
O estudo também traz sugestões para as políticas públicas adotadas. Uma delas é melhorar as campanhas públicas de informação para pessoas com sintomas ou para quem entrou em contato com os sintomáticos. O estudo recomenda prolongar o período de auxílio emergencial após os 3 meses iniciais, especialmente enquanto os locais de trabalho permanecem fechados.
"É importante considerar que é improvável que a renda dos trabalhadores seja recuperada rapidamente após a reabertura dos locais de trabalho.", explicam. Por fim, o estudo alerta para a realização dos testes e o estabelecimento de uma política para rastreamento de contatos.