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Pesquisa aponta que mulheres negras têm pior desempenho no Enem em todas as regiões do Brasil

Levantamento feito pelo Insper avaliou a desigualdade entre os anos de 2010 a 2019

Por Da Redação
Ás

Pesquisa aponta que mulheres negras têm pior desempenho no Enem em todas as regiões do Brasil

Foto: Reprodução/Ilustrativa

Um levantamento feito pelo núcleo de estudos raciais do Insper, que avalia a desigualdade racial no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010 a 2019, aponta que houve um aumento no número de negros no exame, mas os brancos ainda conta com um desempenho superior na prova. 

As notas cresceram significativamente, mas as diferenças entre os dois grupos aumentou, tanto entre estudantes de escolas públicas quanto privadas. 

“Na rede privada, 90% dos estudantes prestaram o Enem em 2016, porcentagem que caiu para 72% em 2021. Já na rede pública, pouco mais da metade, ou 55%, fez o Enem em 2016, o que já é um índice ruim. Mas, em 2021, esse percentual caiu para 26%, aumentando a desigualdade na possibilidade de acesso à universidade”, diz Ricardo Henriques, superintendente-executivo do Instituto Unibanco, que produziu uma análise semelhante sobre o exame de 2013 a 2021.

Sobre o gênero, os homens brancos são os que mais se destacam, enquanto as mulheres negras obtêm os piores resultados. De todas as regiões, as mulheres foram pior no Norte, onde a nota média chegou a 460 pontos em 2014.

No Sudeste, homens pardos tiveram média de 532 em 2010, enquanto os pretos, de 524. Em 2019, pardos mantiveram média de 532, e a de pretos foi de 517.

Já entre as mulheres, as pardas tiveram média de 519 em 2010, e pretas, de 515. No ano de 2019, as médias foram de 517 e 509, respectivamente.

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