Pesquisa aponta que sete em cada dez pessoas creem em fake news sobre vacinas
Dentre os entrevistados, somente 22% conseguiram identificar que as dez afirmações eram falas
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Dez afirmações falsas frequentes relacionadas a vacinas foram apresentadas a mais de dois mil entrevistados nas cinco regiões do Brasil e o resultado é preocupante para a Sociedade Brasileira de Imunizações. Mais de dois terços, equivalente a 67% do público afirmaram que pelo menos uma das informações era verídica. Dentre os entrevistados, somente 22% conseguiram identificar que as dez afirmações eram falas, enquanto 11% não souberam ou não responderam.
A pesquisa foi realizada pela sociedade médica em parceria com a organização não governamental Avaaz. Os questionários foram aplicados pelo Ibope entre 19 e 22 de setembro deste ano.
24% dos entrevistados acreditam que há uma boa possibilidade das vacinas causarem efeitos colaterais graves, mas na verdade, os efeitos adversos graves são raros de acontecer. A segunda afirmação falsa mais frequente foi relacionada a "boa possibilidade das vacinas causarem doenças que afiram prevenir", com mais de 20% de concordância, em uma em acada cinco entrevistas feitas.
Na quantidade de entrevistados, 13% assumiram que deixaram de se vacinar ou deixaram de vacinar uma criança sob os próprios cuidados. Os motivos foram diversificados, incluindo falta de planejamento (38%) e dificuldade de acesso aos postos de vacinação (20%). Também foram citados o medo de um possível efeito colateral grave (24%), além do medo de contrair a doença grave por meio da vacina (18%), alertas e notícias vistas na internet (9%).