Pesquisa revela que 3 em cada 10 recuperados da Covid-19 têm sequelas 9 meses após contágio
Médicos ainda não conseguem ter uma estimativa da duração dos efeitos
Foto: Reprodução/ICTQ
A Universidade de Medicina de Washington, nos Estados Unidos, realizou uma pesquisa, publicada na última semana pelo jornal médico JAMA Network, que aponta que três em cada dez infectados pela Covid-19 apresentam sequelas da doença até nove meses após a cura.
As principais sequelas encontradas no estudo feito entre agosto e setembro de 2020, com 177 pacientes, foram cansaço, perda de olfato e paladar, dificuldade para respirar e confusão mental. O infectologista Carlos Fortaleza, da Sociedade Paulista de Infectologista, vê relação entre a gravidade da doença e as reações após a cura.
“Não existe uma ligação linear: os casos mais graves têm mais chances sequelas prolongadas; e nos mais leves, as consequências são menores. Todos podem apresentar consequências. Mas as chances são maiores para aqueles que tiveram um quadro grave da doença”, explica.
Mesmo com descobertas significativas, especialistas ainda não conseguem definir com certeza quanto tempo elas persistem nos pacientes curados da doença. O infectologista diz ser necessário esperar o tempo para a ciência conseguir definir algumas características da Covid-19.