Pesquisa revela que brasileiro equilibra escolhas para garantir manutenção do consumo!

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Por Michel Telles
Ás

Atualizado
Pesquisa revela que brasileiro equilibra escolhas para garantir manutenção do consumo!

Foto: Divulgação

Com o dinheiro rendendo menos durante o mês e previsões macroeconômicas negativas, o brasileiro deve assumir um perfil equilibrista em 2025. Isso significa que deve ajustar prioridades e adotar estratégias para garantir as melhores escolhas de consumo dentro e fora de casa. É o que aponta o novo levantamento Consumer Insights, elaborado pela divisão Worldpanel da Kantar. Na prática, o brasileiro busca priorizar os gastos dentro de casa em detrimento do consumo fora do lar, o que desacelera o ritmo da cesta. Prova disso é que a frequência de compras fora do lar em 2024 cresceu 9% contra 14,2% do ano anterior. O número ainda positivo é sustentado pelas classes A e B, que apresentaram alta de 8% no quesito.

Nesse contexto, as ocasiões de pratos e refeições foram o grande destaque, contribuindo com incremento de 3,9%. Isso ocorreu mesmo com avanço de 9,2% nos preços. “Esse movimento mostra que o home office vem perdendo força e pressionando o consumidor a escolher o que cabe no bolso. Com isso, bebidas e sobremesas acabam sendo despriorizadas”, afirma Pedro Soares, Diretor de Contas da Kantar.

Um exemplo prático é o combo que leva refeição, bebida não alcoólica e sobremesa, que se mostrou 23% mais caro na comparação entre o último trimestre de 2023 e o mesmo período de 2024. Para as classes D e E, esse aumento chega a 30%.

Em relação às compras dentro de casa, a equação “frequência x volume por viagem” coloca em evidência um consumidor que aprendeu a equilibrar as escolhas em busca de manter seu consumo. “Em números, a queda de 3% no volume médio por unidade mostra que o brasileiro parte em busca de embalagens menores, reduzindo seu tíquete médio”, ressalta o especialista.

Mesmo com a desaceleração no volume por viagem, o consumidor segue incluindo mais categorias no carrinho. As classes A e B passaram de 49 produtos no último trimestre de 2023 para 52 no mesmo período de 2024. Já nas classes D e E, os números são 47 e 50, respectivamente. Aqui, o consumo cresce por alimentos e bebidas indulgentes, como chocolates (+3,6%), biscoitos (+2,0%) e refrigerantes (+0,8%).

O equilíbrio, por sua vez, vem com a escolha de marcas compatíveis ao valor agregado que os consumidores conseguem aportar. Por exemplo, opções básicas têm maior destaque em mercearia doce (0,9% de contribuição em unidades) e perecíveis (0,5%), enquanto premium desponta em bebidas (3,0%) e mercearia salgada (1,1%).

O estudo Consumer Insights, realizado pela divisão Worldpanel da Kantar, acompanha de forma contínua o comportamento de consumo de bens não duráveis, fornecendo uma visão detalhada do mercado brasileiro, com destaque para alimentos, bebidas, produtos de limpeza e itens de higiene e beleza. Desta vez foram consultadas seis regiões metropolitanas: Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

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