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Saúde

Pesquisa revela que fake news sobre vacinas disseminam temor entre as famílias

Estudo foi feito com pediatras brasileiros

Por Da Redação
Ás

Pesquisa revela que fake news sobre vacinas disseminam temor entre as famílias

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e o Instituto Questão de Ciência (IQC) divulgaram, nesta semana, algumas das conclusões da pesquisa "Hesitação vacinal: por que estamos recuando em conquistas tão importantes?". O estudo, realizado com a participação de cerca de mil pediatras brasileiros, busca reforçar junto à população e aos profissionais da área a importância das vacinas na prevenção e no combate a doenças.

Embora a íntegra da pesquisa seja divulgada apenas no fim de maio, dados preliminares revelam uma influência significativa de "informações não confiáveis" no comportamento das famílias em relação à vacinação. Os especialistas destacaram que esses conteúdos são amplamente disseminados por meio das redes sociais (30,95% dos pediatras apontaram esse meio). Aplicativos de mensagens, como o WhatsApp (8,43%), e a internet em geral (13,60%) também exercem uma influência considerável, superando a televisão (3,34%) nesse aspecto.

Os números da pesquisa indicam que o medo de possíveis eventos adversos (19,76%) e a falta de confiança nas vacinas (19,27%) são os principais motivos pelos quais pais e responsáveis negligenciam a imunização de crianças e adolescentes. Outras razões frequentemente mencionadas incluem "esquecimento" (17,98%), falta de vacinas no serviço público (17,58%) e custo das vacinas na rede privada (10,69%).

Retrocesso

Os pediatras têm se deparado com diversas dúvidas e afirmações falsas baseadas em desinformação. Entre as principais estão a crença de que "minha filha não precisa da vacina para HPV, pois ainda não iniciou a vida sexual" e a ideia de que "a vacina para HPV pode causar efeitos neurológicos graves". Além disso, há a falsa percepção de que "a doença por rotavírus é leve em crianças".

De acordo com 81,29% dos pediatras entrevistados, a vacina contra a COVID-19 é a que gera maior apreensão nas famílias, seguida pelas vacinas contra o vírus influenza (6,7%) e a febre amarela (6,09%), doenças mais conhecidas pela população em geral.

Entre os motivos alegados pelas famílias para adiar a vacinação contra o coronavírus nos consultórios, estão preocupações relacionadas aos supostos riscos da tecnologia de RNA (18,09%), medo de eventos adversos como miocardite e trombose (16,58%), desconfiança na segurança a longo prazo das vacinas de RNA (13,07%), percepção de que crianças não sofrem gravemente com a COVID-19 (12,84%) e a falta de conhecimento sobre casos de óbito em crianças devido à doença (8,80%).

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