Pesquisa revela que risco de internação por Covid-19 é duas vezes maior para quem tem pouca vitamina D
Estudo brasileiro mostra que déficit da substância no corpo também influencia na prevenção
Foto: Reprodução/PebMed
Desde o surgimento do coronavírus, pesquisadores e indústrias farmacêuticas tentam descobrir substâncias capazes de prevenir a infecção. Nesse sentido, a vitamina D aparece como uma possível aliada na prevenção da doença. O Hospital Albert Einstein, em São Paulo, desenvolveu um estudo com 200 pacientes infectados e internados, de julho de 2020 até janeiro de 2021, com o objetivo de avaliar a interferência ou não da vitamina na evolução dos pacientes.
O estudo constatou que as taxas da vitamina do sol, como é conhecida, estavam relacionadas ao tempo de internação do paciente, o geriatra Alberto Frisoli Jr, coordenador do estudo, conta que os infectados apresentaram evoluções distintas da Covid-19. “Observamos que quem estava internado e tinha a vitamina D baixa evoluiu pior e teve média de internação maior, do que os que tinham números normais ou alto”, explica.
Além disso, a pesquisa mostrou que o déficit da substância no organismo doente pode causar outros danos, como o aumento da probabilidade de desenvolvimento de problemas renais e reinternação por conta de outras complicações e sequelas. Além da constatação, outros dois estudos internacionais apontam resultados similares ao estudo brasileiro.
Um artigo baseado em um estudo de pesquisadores do Reino Unidos e publicado na revista científica The Lancet afirmou que o papel da vitamina D na resposta à infecção pode ocorrer tanto na primeira defesa do organismo ao vírus, quanto em um segundo momento, ao promover a redução da resposta inflamatória à infecção.
“Alguns alimentos são ricos no precursor da vitamina D, por exemplo sardinha, fígado, atum. O ideal é a pessoa tomar sol, com boa parte do corpo exposta, durante 15 minutos, sem proteção solar e das 10 às 16h, único período que o indivíduo consegue sintetizar a vitamina D”, afirma Frisoli.