Pessoas que estão fugindo da Ucrânia correm maior risco de serem traficadas, diz OIM
Relatos iniciais já apontam para a existência potencial da atividade na fronteira da Ucrânia
Foto: Unicef/Tom Remp
A Organização Internacional para Migrações (OIM) alertou, nesta quinta-feira (17), para o risco de tráfico humano e de exploração sexual diante da saída constante de cidadãos ucranianos.
A invasão da Ucrânia pelo exército russo começou em 24 de fevereiro, e desde então, pelo menos 3 milhões de civis já cruzaram a fronteira do país para fugir do conflito militar.
A OMI informou que com a piora da situação humanitária e as movimentações em larga escala de pessoas, a segurança dos civis está ameaçada, levando a um maior risco de exploração. O órgão retificou que relatos iniciais já apontam para a existência potencial da atividade na fronteira da Ucrânia e em outras regiões.
António Vitorino, diretor-geral da entidade, destacou que os refugiados são, em maioria, mulheres, crianças e idosos. O gestor acrescentou ainda que muitas vezes estas pessoas não possuem acesso a acomodação ou renda, os grupos ficam ainda mais vulneráveis.
De acordo com dados divulgados pela Organização das Nações Unidas (ONU), o conflito militar na Ucrânia já deixou 726 civis mortos e outros 1,174 feridos.
Com relação aos refugiados, a grande maioria procura abrigo em países como Polônia e Hungria, enquanto outros deslocam-se para Eslováquia, Moldávia, Romênia e, até mesmo, algumas regiões da Rússia.
A OIM ainda destacou que, no ano passado, conseguiu identificar e ajudar mil vítimas de tráfico na Ucrânia. Para as pessoas de outros países que estavam morando na Ucrânia, a orientação é para que tenham garantidas suas proteções e para que busquem o apoio das respectivas autoridades consulares.