Petrobras pede à Justiça Eleitoral que seus funcionários não sejam convocados para atuar nas eleições
Empresa alega risco de desabastecimento
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Num ofício de quatro páginas encaminhado às zonas eleitorais, a Gerência Setorial de Relacionamento com o Governo e Entidades Externas da Petrobras pediu a anulação da convocação de diversos empregados. E sugeriu que, se a Justiça Eleitoral tiver que fazê-lo, que chame aqueles que trabalham em áreas administrativas.
Isso porque a Petrobras não quer ceder os seus funcionários de áreas operacionais para trabalharem nas eleições deste ano como mesários e em outras funções — mesmo aqueles que já tinham sido chamados pela Justiça Eleitoral.
Entre as alegações para não ceder os seus funcionários, a estatal elencou riscos de desabastecimento de derivados de petróleo, além do pagamento de horas extras e folgas.
No pedido, a Petrobras argumentou que "a convocação de grande quantitativo de profissionais que atuam em áreas operacionais, em regime de turno, vem trazendo impactos negativos às atividades desenvolvidas pela empresa.". E continuou:
"Trata-se de empregados especializados que trabalham em refinarias, unidades termoelétricas, plataformas e outras atividades operacionais com horários diferenciados, de 12 ou 8 horas, com escalas definidas."
De acordo com a Petrobras, desde a eleição de 2020 "1.927 empregados solicitaram afastamento em razão do serviço eleitoral, dentre eles cerca de 1.004 empregados lotados em área operacional".