Petrobras registra lucro líquido de R$ 28,8 bilhões no segundo trimestre, mas enfrenta queda em relação ao ano anterior

A Petrobras divulgou na última quinta-feira (3) seu resultado financeiro do segundo trimestre deste ano, registrando um lucro líquido de R$ 28,782 bilhões. Embora o valor seja significativo, representa uma queda de 47% em relação ao mesmo período de 2022, quando a empresa contabilizou R$ 54,330 bilhões de lucro.

A queda no lucro líquido pode ser atribuída a alguns fatores, conforme informado pela própria petroleira. Dentre eles, destaca-se a desvalorização do petróleo tipo Brent no mercado internacional, bem como a queda de mais de 40% nos crack spreads internacionais do diesel, que é a diferença entre o preço do petróleo bruto e o preço do produto derivado. Além disso, a Petrobras também enfrentou maiores despesas operacionais, especialmente relacionadas a tributos e impairment, que é a redução do valor de ativos.

Ainda assim, a empresa teve folga para aprovar a remuneração aos acionistas no valor de R$ 1,149304 por ação ordinária e preferencial, totalizando um montante de R$ 15 bilhões.

Em nota, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, declarou que a companhia teve uma performance financeira e operacional consistente no segundo trimestre, mantendo sua rentabilidade de forma sustentável e com atenção às pessoas. Prates ressaltou o compromisso da empresa em trabalhar focada no presente e também preparada para a transição energética justa, investindo no futuro da companhia e do Brasil.

O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) ajustado da Petrobras totalizou R$ 56,7 bilhões no segundo trimestre, uma queda de 42,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita de vendas da empresa também apresentou queda, somando R$ 113,8 bilhões, uma redução de 33,4% em relação ao ano anterior.

Esse é o primeiro resultado divulgado pela Petrobras após o anúncio da nova política de preços dos combustíveis, que deixou de seguir a política de paridade internacional (PPI) e passou a adotar outros critérios, como o "custo alternativo do cliente" e o "valor marginal para a Petrobras".