Petróleo apresenta diminuição do valor, registrando maior queda desde 1991
Em fevereiro, Petrobrás reduziu valores da gasolina e no diesel nas refinarias
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Os preços dos contratos do petróleo diminuíram mais de 20% na noite do último domingo (8), na maior queda diária desde 1991, após a Arábia Saudita cortar o valor de venda do barril e indicou o início de uma guerra nas cotações.
A decisão da Arábia Saudita vem do recente fracasso nas negociações entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e a Rússia sobre o tamanho da produção da commodity.
A Rússia foi contrária ao corte de produção sugeridos pela Opep para estabilização dos preços da commodity em meio a epidemia do coronavírus, que desacelera a economia global e afeta a demanda por energia.
Na madrugada desta segunda (9), em torno das 3h (horário de Brasília), o petróleo do tipo Brent cedia US$ 13,07, ou 28,87%, cotado a US$ 32,00 o barril, enquanto o WTI diminuia US$ 13,03, OU 31,56%, a US$ 28,25 o barril.
Impactos no Brasil
Na avaliação do sócio fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, a queda acentuada dos preços do petróleo pode levar o Brasil para dois caminhos distintos. Primeiro, a Petrobras pode diminuir o preço da gasolina e do diesel, mas com risco de inviabilizar o etanol. A outra medida, seria o governo aumentar a incidência da Contribuição de Intervenção ou Domínio Econômico (Cide) sobre os combustíveis para preservar a geração de receita da estatal.
Neste ano, a queda do preço do petróleo tem feito com que a Petrobras diminua o preço dos combustíveis nas refinarias. A última diminuição aconteceu no fim de fevereiro. Os preços do diesel caíram 5% e os da gasolina em 4%.