Petrópolis perdeu pelo menos R$ 665 milhões no PIB após fortes chuvas, diz Firjan
De acordo com o órgão, o reestabelecimento das atividades ainda não aconteceu em 85% das empresas atingidas
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Em consequência dos efeitos da chuva intensa que caiu na cidade de Petrópolis, Rio de Janeiro, na última terça-feira (15), o Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos na cidade) de Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, deve perder R$ 665 milhões. A informação foi divulgada pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), a partir de pesquisa realizada junto a 286 empresas, no período de 16 a 18 deste mês.
Uma pesquisa realizada com donos de empresas atingidas, revelou que 65% do locais foram atingidos diretamente pelas chuvas e o restabelecimento das atividades ainda não aconteceu em 85% dos entrevistados. Segundo informações, a expectativa de retorno total das atividades é, em média, de 13 dias. Ainda conforme a pesquisa, 11% dos entrevistados com as empresas prejudicadas informaram desaparecimento ou morte de funcionários. A linha de produção das companhias afetadas também sofreu impacto de 35%.
Entre as maiores dificuldades enfrentadas, está o alagamento, citado por 77% dos representantes. A falta de energia elétrica e ou telefone foi relatada por 60% dos entrevistados como outro fator eminente. Além disso, 31% registraram alagamento no interior da empresa e 23% citaram danos na estrutura física, como quebra de equipamento, desabamento ou condenação de muros e paredes.
O Centro de Atendimento ao Pequeno Empresário será instaurado na cidade de Petrópolis a partir desta segunda-feira (21), e estará localizada na Firjan Serrana, na Rua Dom Pedro I, 579, na área central. O intuito do projeto é assessorar gratuitamente as pequenas e micro empresas atingidas pela tragédia que devastou o município, a partir do atendimento de instituições financeiras de crédito parceiras. O funcionamento nesta terça,22, será das 9h às 17h.
“Precisam de um alívio financeiro. As empresas precisam retomar suas atividades, porque as pessoas que sobreviveram precisarão trabalhar e ter renda", disse o presidente da Firjan, Eduardo Eugênio, ressaltando a situação dramática que se passa no local.
