PF abre inquérito para investigar se Elon Musk cometeu obstrução da justiça e outros crimes
No último domingo (7), Moraes já havia determinado que Musk fosse investigado após prometer reativar perfis bloqueados por determinação do STF
Foto: Divulgação/Youtube
A Polícia Federal abriu, na segunda-feira (8), uma investigação para apurar se o empresário norte-americano, Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), obstruiu o trabalho da Justiça e cometeu os crimes de incitação ao crime e organização criminosa.
O inquérito foi instaurado após Musk ameaçar descumprir decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). Desde a semana passada, inclusive, Musk tem postado diversos ataques ao ministro Alexandre de Moraes através do seu perfil na rede social.
No último domingo (7), Moraes já havia determinado que Musk fosse investigado após prometer reativar perfis bloqueados por determinação do STF. “Estamos levantando todas as restrições. Este juiz [Alexandre de Moraes] aplicou multas pesadas, ameaçou prender nossos funcionários e cortou o acesso ao X no Brasil. Como resultado, provavelmente perderemos todas as receitas no Brasil e teremos que fechar nosso escritório lá”, escreveu o empresário.
Na decisão, Moraes disse que é “inaceitável que qualquer dos representantes dos provedores de redes sociais e de serviços de mensageira privada, em especial o ex-Twitter, atual ‘X’, desconheçam a instrumentalização criminosa que vem sendo realizada pelas denominadas milícias digitais, na divulgação, propagação, organização e ampliação de inúmeras práticas ilícitas nas redes sociais”.
“A flagrante conduta de obstrução à Justiça brasileira, a incitação ao crime, a ameaça pública de desobediência às ordens judiciais e de futura ausência de cooperação da plataforma são fatos que desrespeitam a soberania do Brasil”, afirmou Moraes.