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PF cumpre mandado contra outro suspeito de ligação com o Hezbollah

Desdobramento da operação Trapiche ocorreu em Goiás

Por Da Redação
Ás

PF cumpre mandado contra outro suspeito de ligação com o Hezbollah

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal realizou ontem (10), mais uma busca e apreensão no âmbito da Operação Trapiche, que investiga um suposto plano terrorista contra alvos judaicos no Brasil. Um suspeito recrutado pelo grupo Hezbollah foi levado pelos policiais para ser interrogado no final da noite. 

No total, a Polícia Federal executou dois mandados de prisão temporária e 12 mandados de busca e apreensão nos estados de Minas Gerais, São Paulo, Distrito Federal e Goiás. As ações foram autorizadas pela Justiça Federal de Belo Horizonte. Em comunicado, a corporação afirmou que a operação tem como objetivo "interromper atos preparatórios de terrorismo e obter evidências de possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas no país".

Durante depoimento à Polícia Federal, um dos alvos da busca relatou que em abril viajou para Beirute, capital do Líbano, para receber uma proposta de emprego. Ele afirmou que, na ocasião, foi abordado por homens armados e uma pessoa apontada como "chefe" ofereceu-lhe adquirir um táxi para trabalhar e obter informações sobre pessoas. O indivíduo também mencionou a necessidade de recrutar pessoas capazes de "matar e sequestrar", deixando claro que o trabalho não era legal.

Durante o interrogatório, o suspeito afirmou que recusou a oferta e deixou claro para o líder que "não era a pessoa certa para realizar esse serviço". Na época, ele não foi informado sobre a organização à qual os homens pertenciam, mas posteriormente "concluiu" que poderia ser o Hezbollah.

A Polícia Federal suspeita que o grupo extremista libanês tenha tentado recrutar o brasileiro para realizar ataques contra alvos específicos no Brasil, como sinagogas e centros judaicos. O suspeito recebeu um total de US$ 600 dólares (R$ 3.000 em espécie) do grupo, que falava árabe, português e inglês.

Outros dois homens detidos temporariamente pela Polícia Federal foram interrogados e, de acordo com a coluna de Bela Megale, um deles optou por permanecer em silêncio, enquanto o outro afirmou que foi ao Líbano para negociar ouro e agrotóxicos, negando qualquer ligação com o Hezbollah.

Agora, a PF está em busca de um libanês e um sírio com nacionalidade brasileira que estão no exterior. O sírio já estava sendo monitorado pela PF por contrabando de cigarros eletrônicos. A maioria dos mandados de busca cumpridos em Minas Gerais estava relacionada a ele.

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