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PF cumpre mandados de busca em endereço ligado a ex-assessor de Lira

Investigação apura desvios em contratos de kits de robótica custeados pelo FNDE

Por Da Redação
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PF cumpre mandados de busca em endereço ligado a ex-assessor de Lira

Foto: Reprodução/Instagram | Lula Marques/Agência Brasil

A Polícia Federal realizou nesta quinta-feira (1) o cumprimento de mandados de busca e apreensão, sendo um deles em um endereço vinculado de um ex-assessor do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

Luciano Cavalcante, atualmente lotado na Liderança do PP na Câmara. Sua esposa, Glaucia, também já foi assessora de Lira e está envolvida na investigação.

A investigação da Polícia Federal está focada em um esquema de desvios em contratos de kits de robótica, custeados pelo FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) entre 2019 e 2022.

Uma das suspeitas é que Luciano e sua esposa, Glaucia, possam ser beneficiários de valores desviados de contratos para a compra desses kits de robótica, os quais foram parcialmente financiados por emendas do relator.

Movimentações Financeiras

A investigação da PF chegou até Luciano Cavalcante e Glaucia por meio do rastreamento de movimentações financeiras da Megalic, empresa que obteve êxito em licitações de contratos para venda dos kits e também é alvo da operação.

Conforme informado pela PF, a investigação identificou "movimentações financeiras realizadas pelos sócios da empresa fornecedora e por outros investigados para pessoas físicas e jurídicas sem capacidade econômica e sem pertinência com o ramo de atividade de fornecimento de equipamentos de robótica, o que pode indicar a ocultação e dissimulação de bens, direitos e valores provenientes das atividades ilícitas".

No total, a PF está cumprindo 26 mandados de busca e 2 de prisão temporária. Segundo a instituição, os crimes teriam ocorrido entre 2019 e 2022 em contratos de 43 municípios alagoanos.

"A investigação aponta que as contratações teriam sido direcionadas ilegalmente a uma única empresa fornecedora dos equipamentos de robótica, por meio da inserção de especificações técnicas restritivas nos editais dos certames e cerceamento à participação plena de outros licitantes", informou a PF em comunicado.

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