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PF diz que suposto plano golpista foi repassado a Freire Gomes por Mauro Cid

Áudios com o informações sobre o plano golpista foram enviados pelo ajudante de ordens por meio de aplicativo militar

Por Da Redação
Ás

PF diz que suposto plano golpista foi repassado a Freire Gomes por Mauro Cid

Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Segundo diálogos obtidos pela Polícia Federal, o então comandante do Exército em 2022, Marco Antônio Freire Gomes, recebeu atualizações constantes do tenente-coronel Mauro Cid sobre os planos de golpe de Estado de Jair Bolsonaro e aliados ao longo de 31 dias. As informações são do O GLOBO. 

As informações teriam sido repassadas através de um aplicativo institucional da Força Militar, entre os dias 8 de novembro e 9 de dezembro de 2022. A PF cita cinco áudios que teriam sido enviados pelo então ajudante de ordens de Bolsonaro a um contato que, pela “análise dos dados e a contextualização” a partir das demais evidências colhidas pelos policiais, “indicam que as mensagens tinham como destinatário o então comandante do Exército, general Freire Gomes”.

Cid, que é oficial da ativa, compartilhou com o general detalhes das negociações golpistas discutidas a portas fechadas, incluindo a decisão de Bolsonaro de fazer alterações e "enxugar" a minuta do golpe, mantendo apenas a determinação da prisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do STF, Alexandre de Moraes, enquanto exclui outras autoridades da lista.

“Hoje o que ele [Bolsonaro] fez de manhã? Ele enxugou o decreto, né? Aqueles considerandos [sic] que o senhor viu e enxugou o decreto, fez um decreto muito mais, é… Resumido, não é?”, disse Mauro Cid no áudio enviado ao celular que a PF diz ser de Freire Gomes às 12h33m do dia 9 de dezembro.

Segundo a PF, dois dias antes, a corporação verificou nos registros da portaria do Palácio da Alvorada a presença do chefe do Exército e seu equivalente na Marinha, Almir Garnier Santos, juntamente com o ministro da Defesa, o general da reserva e ex-comandante do Exército Paulo Sérgio Nogueira.

Cid também enviou um áudio que, para os investigadores da PF, ratifica “[a relação das] pessoas que participaram da reunião no dia 07/12/2022 e a existência do decreto que foi alterado e limitado” por Bolsonaro.

“Ele mexeu naquele decreto, né. Ele reduziu bastante [a minuta] e fez algo muito mais direto, objetivo, curto e limitado”, afirma a transcrição.

Até o momento, Freire Gomes não fez nenhuma declaração sobre a investigação, apesar dos repetidos recados e pedidos para que esclareça os diálogos com Cid e as conversas privadas com Bolsonaro. Fontes do Exército afirmam que ele não tem intenção de se manifestar publicamente por enquanto.

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