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Política

PF encontra mensagens no celular de Mauro Cid que apontam roteiro para tentativa do golpe de Estado

Segundo informações, Cid foi cobrado para convencer Bolsonaro a seguir com o plano

Por Da Redação
Ás

PF encontra mensagens no celular de Mauro Cid que apontam roteiro para tentativa do golpe de Estado

Foto: Reprodução

A Polícia Federal encontrou mensagens no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, que demonstram que um golpe de Estado foi encorajado e que houve a elaboração de um roteiro para a ação. As informações são da revista Veja.  

No material, Cid foi cobrado por membros das Forças Armadas para convencer o então presidente Bolsonaro a seguir com um golpe de Estado, após a vitória de Lula nas eleições de outubro do ano passado. Cid está preso desde maio. 

De acordo com as mensagens, a maioria foi escrita pelo coronel Jean Lawand Junior, subchefe do Estado-Maior do Exército ao longo de dezembro de 2022. Outros textos vieram de um grupo de militares da ativa em aplicativo de mensagens, além de trocas entre Gabriel Cid, esposa do tenente-coronel e Ticiana Villa Boas, filha do general Eduardo Villa Boas.  

As reações de Cid foram vagas, com um "infelizmente" quando Lawand reconheceu que um golpe não aconteceria e "muita coisa acontecendo" ao ser estimulado a mobilizar Bolsonaro para cometer o ato antidemocrático.

Entre as mensagens, também foi encontrado um roteiro para a realização do golpe. O documento passado para Cid tem três páginas e foi batizado de "Forças Armadas como poder moderador". 

A intenção era de que o golpe resultasse em novas eleições, onde haveria conflito entre os Poderes e as Forças Armadas iriam ser chamados para intervir. O primeiro passo seria nomear um interventor, depois, entraria na mira o Judiciário, para decidir quais atos deveriam ser suspensos até o "afastamento preventivo".

Novas vagas seriam criadas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), alvo frequente de bolsonaristas nas últimas eleições e novas eleições poderiam ser convocadas após o reconhecimento do desacordo do TSE com a Constituição.

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