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PF faz operação contra advogados que vendiam chamadas de vídeos entre detentos e comparsas soltos a R$ 150

Um dos detentos envolvidos no caso está preso por suspeita de envolvimento na morte do policial federal Lucas Caribé, em agosto de 2023

Por Da Redação
Ás

PF faz operação contra advogados que vendiam chamadas de vídeos entre detentos e comparsas soltos a R$ 150

Foto: Divulgação/Ascom PF

A Polícia Federal iniciou, na manhã desta segunda-feira (21), uma operação para investigar uma organização criminosa que dava suporte a um chefe de facção na Bahia, preso no Distrito Federal. De acordo com a PF, um grupo de advogados e estudantes de Direito são suspeitos de colocar o detento em contato com comparsas, por meio de chamadas de vídeo autorizadas apenas para a defesa.

Batizada de Cravante, a operação desta segunda cumpre seis mandados de prisão e nove mandados de busca e apreensão na Bahia e no Distrito Federal (DF). Investigações da Secretaria de Administração Penitenciária do DF (Seap) constataram indícios de que, ao menos cinco advogados e um estudante de Direito, se passavam pelo advogado que faz a defesa do preso – com a permissão dele – para fazer a ponte entre o detento e outros criminosos.

Esse preso é suspeito de envolvimento na morte do policial Lucas Caribé Monteiro de Almeida. O agente foi baleado e morto durante cumprimento de mandados da Operação Fauda, realizada há pouco mais de um ano, em Salvador. Além da participação nesta morte, ele também responde por organização criminosa e lavagem de dinheiro.

 

Chamadas vendidas a R$ 150 

A PF detalhou que esse os advogados e o estudante vendiam chamadas de vídeo com os detentos por R$ 150. Também de acordo com a polícia, os cinco advogados e um estagiário se revezavam no atendimento às demandas do chefe de uma facção criminosa, atuando fora do exercício profissional para promover a organização criminosa. Os envolvidos tiveram a suspensão da profissão decretada pela justiça.

Os alvos poderão responder pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que podem ultrapassar 20 anos de prisão. A operação faz parte de ações adotadas pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Distrito Federal (FICCO/DF), com o apoio do Núcleo de Fiscalização do Sistema Prisional (NUPRI) e do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MP-DFT).

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