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PF afirma que Rodrigo Pimentel fazia parte de esquema sobre caso Marielle, diz site

A acusação é baseada em um relatório apresentado ao Supremo Tribunal Federal

Por Da Redação
Ás

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PF afirma que Rodrigo Pimentel fazia parte de esquema sobre caso Marielle, diz site

Foto: Reprodução

A Polícia Federal indica que o ex-capitão do Bope Rodrigo Pimentel como integrante de um esquema de disseminação de notícias falsas relacionadas às investigações sobre a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL). A acusação é baseada em um relatório apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF). As informações foram divulgadas pela CBN.

Os conselheiros do Tribunal de Contas do Rio, Domingos Brazão e Chiquinho Brazão, além do ex-chefe da Polícia Civil, Rivaldo Barbosa, estão presos há dois meses, acusados de serem mandantes do homicídio de Marielle Franco. Segundo os investigadores, Pimentel teria sido orientado por pessoas próximas à família Brazão para mencionar supostos erros na investigação em diversas participações em podcasts.

Após uma dessas aparições, Pimentel teria recebido elogios de Anselmo de Barros Paiva, pai biológico de Kaio Brazão, filho adotivo do conselheiro do TCE, e respondeu com "ajude a turma". 

Em entrevista à CBN, Pimentel negou qualquer ligação com a família Brazão e afirmou que sempre defendeu a investigação deles no caso Marielle. "É absurdo dizer que eu defendi a família Brazão. É bem estranha a manifestação da PF. Sempre repudiei os Brazão, tenho várias postagens e entrevistas falando isso", declarou.

O relatório da Polícia Federal destaca que Pimentel, seguindo orientações de pessoas ligadas aos Brazão, e devido a sua relação comercial com empresas do delegado Rivaldo Barbosa, propagou desinformação em suas entrevistas. A PF conclui que ele participou "da implementação de uma estrutura digital para disseminação de notícias falsas, capitaneada por militantes vinculados à Família Brazão, com apoio do ex-capitão da PMERJ Rodrigo Pimentel, motivado por interesses particulares alinhados aos dos investigados".

A PF descreveu Pimentel como um "inesperado aliado" dos Brazão, propagando desinformação sobre a investigação. Em uma de suas declarações, Pimentel afirmou que a PF não havia perguntado a Ronnie Lessa, réu pelo assassinato de Marielle, sobre as munições usadas no crime. No entanto, o relatório indica que a delação de Lessa está sob sigilo e que ele foi, de fato, questionado sobre as munições.

Além disso, a PF acusou Pimentel de fazer uma "defesa prévia" de Rivaldo Barbosa ao afirmar que Barbosa frequentava o mesmo consultório dentário que Adriano da Nóbrega, ex-Bope morto em 2020 e considerado chefe do Escritório do Crime. O relatório da PF indica que não há qualquer relato de Ronnie Lessa sobre essa conexão, sugerindo que Pimentel antecipou a defesa de Barbosa sabendo que a informação viria a público.

Pimentel se pronunciou nas redes sociais afirmando que foi surpreendentemente citado pela Polícia Federal de propagar fake news. "As acusações, desprovidas de fundamentos, não me intimidam. Pelo contrário, reforçam meu compromisso com a verdade e a justiça".

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