PF indicia Anderson Torres e Silvinei Vasques por suposto bloqueio de eleitores em 2022
Outros quatro policiais também foram indiciados
Foto: TV Câmara/Reprodução
O ex-ministro da Justiça, Anderson Torres e o ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques foram indiciados pela Polícia Federal (PF), nesta sexta-feira (16), por supostamente impedirem o deslocamento de eleitores do então candidato Luiz Inácio Lula da Silva, no Nordeste, durante a eleição presidencial de 2022.
Além dos dois, outros quatro policiais federais, Alfredo de Souza Lima Coelho Carrijo, Fernando de Sousa Oliveira, Leo Garrido de Salles Meira e Marília Ferreira de Alencar que estavam cedidos ao Ministério da Justiça foram indiciados com base no artigo 359-P do Código Penal. A investigação aponta que há indícios de que esses agentes atuaram para bloquear o trânsito nas estradas, impedindo eleitores de chegarem aos locais de votação.
No dia da eleição, estradas foram bloqueadas pela PRF sem que houvesse medidas para liberar o tráfego. O desbloqueio só ocorreu após o ministro Alexandre de Moraes, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ameaçar prender os responsáveis.
A PF solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) mais tempo para realizar interrogatórios adicionais e apresentar o relatório final sobre o caso.
Anderson Torres, que estava preso desde 14 de janeiro por suspeita de omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro, foi liberado em maio deste ano após autorização de Moraes. Silvinei Vasques teve sua prisão preventiva revogada em 8 de agosto pelo ministro, que considerou que os elementos que justificaram a prisão em 2023 não se aplicam mais. Silvinei estava preso por tentativa de interferência no segundo turno das eleições de 2022 em favor do então presidente Jair Bolsonaro.